Importando arquivos

É muito importante dividir o seu documento em vários arquivos, a não ser que ele seja muito pequeno.

A importação dos arquivos pode ser feita usando o comando \subimport, do pacote import:

\documentclass{article}
\usepackage[utf8]{inputenc}
\usepackage[T1]{fontenc}
\usepackage{lipsum}
\usepackage{import}

\begin{document}
  \part{Unidade 1}

  \subimport{capitulos/}{capitulo-1}

  % Outros capítulos
\end{document}

Esse comando requer dois argumentos: o caminho relativo da pasta do arquivo e o nome do arquivo em si. Não é necessário colocar a extensão .tex.

Veja que o arquivo do capítulo 1 deve estar em capitulos/capitulo-1.tex em relação ao caminho do arquivo acima. Esse arquivo do capítulo conteria simplesmente o conteúdo do capítulo:

\chapter{Nosso primeiro capítulo}
  \lipsum

Perceba que o arquivo não tem preâmbulo. Ele contém apenas o conteúdo do arquivo, criado com o comando \lipsum. Por isso, o documento onde o arquivo for incluído precisa incluir o pacote lipsum no seu preâmbulo, como foi feito.

Foi usado um caminho relativo, mas poderia ter sido usado um caminho absoluto. Uma grande vantagem do comando \subimport é que se você usar um caminho relativo em algum arquivo que você incluir, ele será relativo àquele arquivo, e não ao arquivo raiz. Assim, se você quiser ir mais além, e criar arquivos para as seções dos capítulos do livro, você poderia fazer dessa forma:

\chapter{Nosso primeiro capítulo}
  \subimport{secoes/}{secao-1}

  \subimport{secoes/}{secao-2}

Nessa estrutura, cada capítulo teria sua própria pasta. Nessa pasta, ficaria o arquivo do capítulo e uma pasta com as seções do capítulo:

  • documento.tex
  • capitulos
    • capitulo-1
      • documento.tex
      • secoes
        • secao-1.tex
        • secao-2.tex
    • capitulo-2
      • documento.tex
      • secoes
        • secao-1.tex
        • secao-2.tex
        • secao-3.tex
    • capitulo-3
      • documento.tex

O LaTeX tem um comando \input e não é possível fazer isso com esse comando. Por isso, o comando \subimport é mais recomendável.

O pacote import ainda tem o comando \import para caminhos absolutos, mas caminhos relativos são melhores, pois é mais fácil trocar de pastas neles e há menos problemas com portabilidade entre sistemas operacionais.

Caminhos absolutos geralmente adicionam detalhes de caminhos específicos de cada sistema operacional. Isso prejudica a reutilização em outros sistemas, caso seja necessário recompilar o documento.

Esse foi um exemplo simples. É claro que o seu documento, principalmente se for um livro, será bem complexo. É recomendável usar um arquivo por seção, ou pelo menos um por capítulo.

Você também pode colocar parte do preâmbulo em um arquivo separado:

\documentclass{article}
\usepackage{import}
\subimport{preambulo}

\begin{document}
  \part{Unidade 1}

  \subimport{capitulos/}{capitulo-1}

  % Outros capítulos
\end{document}

Arquivo do preâmbulo:

\usepackage[utf8]{inputenc}
\usepackage[T1]{fontenc}
\usepackage{lipsum}

Arquivos menores são muito mais fáceis de se manter. Tenha isso em mente.